sábado, 2 de outubro de 2010

Urna Eletrônica


[ Fonte Imagem: http://bloggdozebrao.blogspot.com/2010_07_14_archive.html ]

     A urna eletrônica brasileira é um computador responsável pelo armazenamento de votos durante as eleições. O dispositivo foi desenvolvido no Brasil em 1996 e desde então diversos outros países vêm testando esse e outros equipamentos semelhantes.

    Existe muita polêmica sobre o nascimento da urna eletrônica, já que, desde os anos 1980, durante o regime militar, ocorreram no Brasil diversos estudos sobre a realização de eleições informatizadas. Entretanto, a idéia de urnas eletrônicas firmou-se a partir de pesquisas realizadas pela Justiça Eleitoral para tornar mais fácil o processo de votação e apuração nas eleições.
     Grupos de engenheiros e pesquisadores ligados ao Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foram os responsáveis pelo projeto da eleição informatizada em grande escala no País. Destacam-se aí o trabalho dos engenheiros Mauro Hashioka (INPE), Paulo Nakaya (INPE) e Oswaldo Catsumi (CTA), dentre outros profissionais, pela concepção da segurança do equipamento.
     Para projetar, desenvolver e fabricar a urna eletrônica para as eleições de 1996, foi aberta uma licitação com o Edital TSE 002/1995, onde concorreram a IBM, que propôs um projeto baseado em um notebook, a Procomp, que apresentou uma espécie de quiosque de auto atendimento bancário e a Unisys, a vencedora da licitação com um design original que se tornou o padrão utilizado até hoje. A Unisys contratou a licença para comercializar ao TSE a urna eletrônica desenvolvida pela OMNITECH.
     Em 1996, foi realizado o depósito do Pedido de Patente de Invenção da Urna Eletrônica no INPI, pelo engenheiro Carlos Rocha da OMNITECH e da Samurai.
     Em 1997, surgiu o modelo atual da Urna Eletrônica, modelo UE 2000, um aperfeiçoamento da urna original realizado pela OMNITECH, que o Ministério da Ciência e Tecnologia reconheceu que atende à condição de bem com tecnologia desenvolvida no País.
     A implantação do voto eletrônico dificulta algumas das antigas e comuns fraudes externas da votação de papel.
     Em 1985, houve a implantação de um cadastro eleitoral informatizado pelo TSE, enquanto a urna eletrônica como se concebe hoje só foi desenvolvida em 1995, e utilizada pela primeira vez nas eleições municipais do ano seguinte. Porém foi em 1989, na cidade de Brusque, Santa Catarina, onde o juiz Carlos Prudêncio realizou a primeira experiência de votação com micro-computadores.
    A urna eletrônica, inicialmente chamada de "coletor eletrônico de voto" (CEV), teve como objetivo identificar as alternativas para a automação do processo de votação e definir as medidas necessárias à sua implementação, a partir das eleições de 1996, em mais de cinqüenta municípios brasileiros.
Versões: 
    Os modelos 1996 a 2000 rodavam o sistema operacional VirtuOS. Os modelos 2002, 2004 e 2006 rodavam o sistema operacional Windows CE. A partir de 2008 todos os modelos passaram a utilizar o sistema operacional Linux e foram utilizadas em torno de 450 mil urnas eletrônicas.
Segundo o Projeto Básico do modelo 2010, os componentes principais da urna eletrônica brasileira são:
  • Memória: dois cartões de memória flash um interno e outro externo, com os dados idênticos, onde está gravado o sistema operacional, os programas aplicativos, os dados sobre os candidatos e onde os votos vão sendo gravados através de mecanismos de segurança e redundância de forma a tentar dificultar desvio de votos e a quebra do seu sigilo.
  • Pen-drive: para gravar o resultado ao final da votação.
  • Módulo impressor: utilizado antes do início da votação para a impressão da "zerésima" e ao final da votação para a impressão do"boletim de urna".
  • Terminal do mesário ou microterminal: um pequeno teclado numérico com leitor biométrico de impressão digital do eleitor, através do qual o mesário autoriza o eleitor a votar pela digitação do número do título do eleitor.
  • Terminal do eleitor: composto de uma tela LCD e um teclado numérico através do qual o eleitor faz sua escolha, possui ainda as teclasBRANCOCORRIGE e CONFIRMA.

A versão de 2002 tinha acoplada um módulo impressor que imprimia cada voto, mas o voto impresso foi abandonado por força da Lei 10.740/2003 e só deverá ser reintroduzido a partir de 2014 segundo o Art. 5º da Lei 12.034/2009. Por este motivo, os modelos 2009 e 2010 também já possuem um encaixe lateral para o Módulo Impressor Externo.

Criptografia:
     Os dados da votação são gravados com criptografia em um cartão CompactFlash e extraídos no final do processo para um pendrive USB. Dentro do pendrive ficam gravados um boletim da urna, o registro digital do voto, dados de quem não foi votar, justificativas e arquivo de log. 

Referências :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urna_eletr%C3%B4nica_brasileira
http://tecnoblog.net/42371/como-funciona-a-urna-eletronica-brasileira/
http://www.tse.jus.br/internet/urnaEletronica/

Comentário do grupo:
     Como pudemos ver nessa postagem, a urna eletrônica brasileira é um dispositivo que coleta e apura os votos para os candidatos a cargos do governo brasileiro, onde acontece a gravação eletrônica dos dados colocados para a posterior conferência e utilização para a eleição dos nossos representantes. Esse dispositivo foi desenvolvido para diminuir as falsificações na votação e facilitar a contagem que antes era feita manualmente. Houve várias melhorias no sistema para melhorar cada vez mais a interação do dispositivo com o eleitor. Mas, além de conhecer o funcionamento de uma urna eletrônica é preciso saber como usá-la e como cada voto tem o seu poder de melhorar, ou piorar, o país em que vivemos, é necessário saber quem são, o que  já fizeram e as propostas dos candidatos.

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